CISCO – GUIA DE ESTUDO – MODELO DE REFERÊNCIA OSI [PARTE 1]






Histórico e Motivação

Para que criar um modelo?

Bem para responder esta pergunta é preciso entender o contexto histórico em que ela foi apresentada. Em meados da década de 70 existiam diferentes fabricantes de equipamentos, o problema é que cada um destes tinha sua própria maneira de fazer a comunicação entre seus equipamentos, cada um deles desenvolvia seus próprios protocolos e os mantinham em sigilo. Esta situação criava uma dependência entre as empresas fornecedoras e seus clientes e muitas das vezes isto se tornava um grande problema; como por exemplo: Se uma empresa X optasse por um solução IBM (International Business Machines), uma empresa Y por uma solução DEC (Digital Equipment Corp., hoje HP) e posteriormente a empresa Y comprasse a X teria que levar em consideração o gasto com toda reestruturação da rede X uma vez que soluções IBM não se intercomunicava com as da DEC.

Problema apresentado, então qual a solução? Para respondermos esta pergunta precisamos contemplar outro tema revolucionário, os padrões abertos. A definição do que vem a ser um padrão aberto de acordo com UNIÃO EUROPÉIA é:

  1. O padrão foi adotado e será mantido por uma organização sem fins lucrativos, e seu desenvolvimento contínuo irá ocorrer com base em um processo de tomada de decisão aberto e acessível a todas as partes interessadas (através de consenso ou decisão por maioria, etc.).
  2. A norma foi publicada e seu documento de especificação está disponível gratuitamente, ou através de uma taxa simbólica. Deve ser permitido a todos copiar, distribuir e utilizá-la gratuitamente ou a uma taxa simbólica.
  3. A propriedade intelectual, ou seja, patentes eventualmente presentes - do padrão (ou de partes dele) está disponível irrevogavelmente através de uma base livre de royalties.
  4. Não há restrições sobre a reutilização do padrão.

Entendendo o que significa o termo “Padrão Aberto”, fica fácil formular uma resposta para nossa pergunta, uma vez que fabricantes sigam um padrão aberto os componentes estarão aptos a se comunicar e trabalhar de forma cooperativa para o funcionamento da rede e para isso a ISO (International Organization for Standardization) começou a desenvolver a pilha de protocolos do modelo de referência OSI (Open Systems Interconnection).

De que forma o modelo soluciona o problema apresentado?

O modelo OSI é um modelo de referência, ou seja, ele define de que forma dados gerados por uma aplicação em uma determinada máquina devem ser transmitidos através de um meio específico para uma aplicação em outra máquina [Marco A. Felippetti, pg 39].

O modelo propôs uma padronização em como estes dados seriam transmitidos independentes do fabricante, entende-se assim que qualquer equipamento de rede fabricado com base no parâmetro de referência OSI estaria apto a se comunicar com outro fabricado dentro dos mesmos princípios. Sendo assim o exemplo acima teria uma solução simples caso tanto equipamentos da IBM quanto os da DEC fossem fabricados de acordo com o modelo OSI eles seriam capazes de se comunicar.

Modelo OSI

O modelo OSI é dividido em camadas sendo cada uma delas responsável por “uma” das tarefas para prover a comunicação entre dispositivos. Existe no modelo sete camadas, são elas:

  1. Aplicação (Application Layer) – Provê a Interface com usuário.
  2. Apresentação (Presentation Layer) – Trata da semântica, compressão/descompressão, criptografia e tradução dos dados.
  3. Sessão (Session layer) – Gerencia o “diálogo” entre as portas lógicas e mantém a separação dos dados de diferentes aplicações.
  4. Transporte (Transport Layer) – Provê a comunicação confiável (ou não) e executa checagem de erros antes da retransmissão dos segmentos.
  5. Rede (Network Layer) – Define e gerencia o endereçamento lógico da rede (ex. IP).
  6. Enlace (Data-Link Layer) – Acomoda os pacotes em “quadros” através do processo de encapsulamento. Detecta erros, porém não os corrige.
  7. Fisica (Physical Layer) – Responsável pela movimentação dos bits entre as pontas e pelas definição das interfaces, especificações elétricas e de pinagem dos cabos.


Nos próximos posts vou falar de cada camada individualmente e detalhadamente. Pessoal, gostaria de lembrar que conhecer bem o modelo OSI e TCP/IP não é um diferencial para os profissionais da área e sim um pré-requisito. Este conhecimento é FUNDAMENTAL para a certificação da CISCO, por isso passaremos um bom tempo nessas duas pilhas de protocolos.


Ronney de Paula da S.

Tel: (27)9243-7752 - Claro / ronneyps@hotmail.com / ronney.serafim@gmail.com /

3 comentários:

Unknown disse...

Legal, uma boa introdução para o inicio de tanto estudo.
=)

Unknown disse...

Um bom começo de estudos...Vou conseguir aprender muitas coisas com seu blog...XD

morico disse...

este comentario já me ajudou muito com a compreensão do osi
aplicação-apresentação-sessão-transporte-rede-enlace e fisica.
pegei muito rapido.
obrigado.

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